Está nas bancas a edição especial das revistas Exame e Você S/A que traz na capa "150 melhores empresas para você trabalhar".
O guia é publicado há priscas eras e algo muito me intriga desde a primeira vez que o li. Por que não trocam logo o nome da bagaça para "Melhores Empresas para os Homens Trabalhar"?
Das 150 empresas do guia apenas 2% têm mulheres na presidência e 12% em cargos de diretoria. Talvez fosse o caso de publicar um guia azul e um rosa, sei lá. Eu vou fazer o que em uma empresa que não tem NENHUMA mulher em cargo de direção? As pobres 12% que ocupam hoje cargos de direção estão gerenciando ou catequisando os índios (bravos)?
Vale lembrar que as mulheres são maioria entre os formandos das universidades há mais de uma década.
12 de set. de 2008
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3 comentários:
Mulheres não são maioria em faculdades de exatas por exemplo.
E além do aspecto cultural, é mais dificil para uma mulher ascender profissionalmente poque tem questões que desfavorecem a mulher num ambiente competitivo.
A maioria das mulheres não é tão "agressiva" para defender as suas opiniões, por exemplo. Ao evitar o confronto deixam que colegas homens defendam as suas idéias e implementem da sua maneira.
Muitas mulheres também quando decidem ser mães descobrem que tem que optar entre a dedicação excluisiva de 12 a 14 horas diárias para a empresa/organização e uma vida "normal" em família.
Em compensação apesar do aumento dos índices, mulheres ainda tem bem menos doenças cardio-vasculares.
Não estou defendendendo, apenas comentando sobre a situação atual.
Aquelas que optam por seguir a vida corporativa seguindo "as regras" acabam sendo bem sucedidas. Devem ser os 12%.
Até a sociedade e a cultura empresarial mude vai levar um bom tempo.
Mulheres não são maioria em facul de exatas mas são maioria como um todo. Em 2003 52% das bolsas de iniciação científica e mestrado eram de mulheres. Ano passado + de 60% dos formandos das universidades do Mato Grosso eram mulheres e por aí vai. As mulheres no início do século passado eram analfabetas e no final tinham escolaridade semelhante à masculina. Será que elas brigaram para estudar tanto quanto os homens, estudaram e mesmo assim não são competitivas?
anônimo, a pesquisa abrange diversas áreas. a empresa trás outros dados, como a questão salarial (mulheres ganham menos) e em empresas como a Brasil Salomão e Matthers, de advocacia, as mulheres ocupam 20% das vagas (totais, a revista trazia o indicador de % de mulheres em cargos de direções e gerencia por empresa nas primeiras edições e deixou de colocar esses dados - mas algumas empresas tinham ridículos 0% mulheres em cargos de direção/gerencia). Quando olhamos uma empresa e vemos que ela não dá postos + altos às mulheres a discriminação fica ainda mais clara.
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