EGO: O que aconteceu no banco?
SOLANGE COUTO: Fui à Caixa Econômica Federal da Freguesia (zona oeste do Rio de Janeiro) e, antes de ir para a porta giratória, coloquei várias coisas da minha bolsa no porta objetos e deixei tudo que poderia travar a porta. Daí, ele (o funcionário) pediu para eu abrir a bolsa, vasculhou tudo e viu que não tinha nada. Daí me mandou entrar, mas a porta travou de novo. Perguntei o que eu precisava tirar mais e ele respondeu irônico: a roupa. Tirei a bermuda e estava quase tirando a blusa quando passei mal.
Mas ficou mesmo de calcinha?
SOLANGE COUTO: Fiquei sim e ia ficar de sutiã também, mas passei mal. As pessoas me acudiram porque viram que ele foi muito abusado comigo.
E pretende processar a agência por qual motivo?
SOLANGE COUTO: Vou processar a agência, mas o que queria mesmo era processar aquele cidadão. Vou entrar com processo por constrangimento, danos mores, preconceito... Tudo a que tenho direito. Ele foi muito debochado me mandando tirar a roupa.
Preconceito? Você acha que foi vítima de racismo?
SOLANGE COUTO: Pode ser. Ele era branco. Estava sem óculos e todo mundo sabia que eu era eu. Não tinha necessidade para aquela palhaçada toda.
Não é a primeira vez que você se envolve em confusão. Primeiro quando defendeu um mendigo no supermercado, depois quando defendeu uma camareira que foi acusada de roubar a bolsa de Christiane Torloni, em "O Clone". Não tem medo de ficar com fama de barraqueira?
SOLANGE COUTO: De jeito nenhum. Eu só faço valer os meu direitos. Sou a pessoa mais calma do mundo. Não gosto de ter privilégios por ser atriz. Vou ao banco e fico fazendo ponto de cruz na fila. Faço questão de entrar na fila. As pessoas me confundem muito com a Dona Jura (personagem da atriz em "O Clone"), mas eu não sou como ela. Estou arrependida e muito envergonhada, mas também me sinto muito lesada pelo cara ter me feito ficar tão nervosa a ponto de passar por essa situação.
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